Minha esperança está no leito de morte,
Suplicando para viver,
Para ter outra chance de vida,
Para acreditar que vale a pena,
E vale?
Será que como um dia escreveu Fernando pessoa,
“Tudo vale a pena se a alma não é pequena?”
Chega uma hora que nos perguntamos se valeu a pena,
Ou se temos a alma grande para valer a pena,
Outras vezes nos perguntamos se valemos a pena
Ou se valeremos a pena,
Se a vida vale a pena,
O amor,
O sentimento,
A desilusão,
A luta...
Se a esperança renasce...
E se ter a alma grande
É saber que
No sofrimento crescemos,
Que na desilusão podemos nos amar mais,
No desespero acharmos saídas,
Na dor encontrarmos a solidão
E dela a libertação,
E que nesses valeres a pena,
Vem a paz,
O encontro,
A alma grande,
Ressuscitando a esperança.
Não há libertação
ResponderExcluirna dor solitária.
O que nos faz canção
fazer valer a diária
não é a esperança
de sol e lua em junção
mas a certeza de que o nada
inexiste na temperança
e perceber que a escuridão
se dissolve nos dias
todos os dias
e que a pena
e a mão que afia
e a mágoa que fica
diminuem quando a faca
perde o corte
a palavra
já não tem dote
e os ratos, a dor,
e toda a história falsa
já não incomoda.
e que trânsito na roda
e que a roda sobre a cabeça
e a escrita pequena
se perderão na memória
como algo desimportante
ou apenas mais um olhar
de primavera.