sábado, 11 de setembro de 2010

Infancia

Após ter lido um e-mail sobre o que fazíamos, comíamos e brincávamos na década de 80, senti uma daquelas saudades imensuráveis. Uma vontade louca de viver o que não vivo mais, ou talvez de alguma forma tentar resgatar o que se tinha naquela época; amarelinha na rua, desenhar a sombra com tijolo, bets, bolinha de gude, bafo, queimada com machucado, pique esconde com muito susto, arte nas construções, subida em árvores, férias com família, muito sorvete, bala e leite moça em forma de pasta de dente.


O que eu mais queria nesse momento era reviver um pouco disso, não sei se é porque a idade balzaquiana chegou se é vontade de ter um filho para compartilhar com ele o que vivi e o que posso ensinar, ou se é simplesmente saudade, que dá de repente, em plena semana, com realidade da cabeça aos pés.

Ser poética às vezes dói, porque olho ao lado e não enxergo nos olhos das pessoas essa pureza talvez que eu possa estar tentando buscar, enfim buscando algo ou não, desejo a todos uma ótima semana com uma pitada de infância e com sabor de inocência.

Um comentário:

  1. Rê, nós sempre queremos reviver as sensações boas. Talvez seja um pouco de tudo isto que você escreveu mesmo.
    A desilusão com o que está em volta vem com a perda da inocência tão saudosa. E é esta perda que tentamos buscá-la no tempo passado mas nunca mais será encontrada.
    Entretanto, não encontrá-la não significa não encontrar ou vivenciar momentos de bondade, fraternidade e felicidade completa. Apesar de mais difíceis em nossa idade, quando a vivemos o fazemos de modo mais intenso, pois temos consciência do que estamos vivenciando. E isso é lindo.
    Parabéns pelo texto.
    Um beijo.

    ResponderExcluir